Hoje, assim como em todas as segundas-feiras,iremos postar mais um trecho do texto de Carlos Barbalho:
Porque ir aos pobres - PARTE 6
"...Se Jesus houvesse se apresentado como Deus ao povo judeu, ou se tivesse vivido uma dualidade divino-humana não poderia ser referência, nem modelo de seguimento. Ele não poderia dizer ao seus seguidores: “Aprendam de mim” e o povo não poderia tê-lo como exemplo de vida. Facilmente diriam: “Ah, ele conseguiu tal feito porque era Deus e eu sou um ser humano”; “Para ele era fácil perdoar e ser compassivo, afinal ele era Deus”. Como poderiam seguir a um Deus ou semi-Deus? Portanto, Jesus esvaziou-se da sua divindade e revestiu-se da nossa humanidade. É a plenitude da vivência da sua humanidade que o faz Deus.
Se realizasse sinais espetaculares como queriam os fariseus, sua humanidade sucumbiria diante da divindade e assim lhe seria impossível atrair seguidores e despertar-lhes a fé e a compaixão.
Seguramente conseguiria ser seguido por multidões, porém não motivada a segui-lo no seu modo de vida, nem para acolher sua palavra fundamental, mas apenas para receber dádivas, curas, exorcismo, ou por pura curiosidade a fim de ver os sinais espetaculares. Jesus não fez da dor e do sofrimento do seu povo um meio de fazer espetáculo de cura, exorcismo, milagres, tão pouco de ganhar fama, poder, dinheiro, prosélitos, sequer de ganhar seguidores.
Jesus resistia em realizar sinais e não produziu bens religiosos, pois estes tornam os seus consumidores dependentes tanto do bem produzido, quanto de quem os produz. Essa atitude de dependência geraria nova escravidão e servidão e o que Ele queria e quer é criar um Reino/Sociedade de homens e mulheres livres..."
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